O texto de Autos da Revolução compõe-se de trechos de cinco romances de António Lobo Antunes (Auto dos Danados, Conhecimento do Inferno, Fado Alexandrino, Manual dos Inquisidores e Exortação aos Crocodilos), que colocam a Revolução como tela de fundo. O espectáculo propõe os relatos cruzados de sete personagens, cada um recorda o seu 25 de Abril e contam o que sucedeu com ele: uma burguesa caridosa, um operário carregador de mudanças, um militante político que foi preso em Caxias, um banqueiro, uma camponesa explorada numa quinta, a esposa dum contra-revolucionário e uma criada. Cada personagem grita a sua verdade, a sua duplicidade, a seu fervor, a sua fraqueza, o seu desvairamento, a sua inocência. Estas personagens não são nenhuns heróis, mas pessoas comuns, cheias de contradições, que levam uma vida anónima nas margens dos acontecimentos históricos. Os relatos sincopados de cada testemunha são como na vida: os pormenores, aparentemente estranhos, mas todos implicados na mesma história, juntam-se, pouco a pouco, a um inquérito sobre o 25 de Abril e os acontecimentos que o seguiram. Desta confrontação nascem por certo perguntas inevitáveis com o andar do tempo.
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